Como surgiu o Setembro Amarelo e por que o símbolo da campanha é uma fita amarela? Essas são duas perguntas cujas respostas têm o objetivo de despertar a nossa atenção para um fenômeno que tem se tornado recorrente no mundo.Vai aqui uma breve história: Em Westminster, no Colorado, nos Estados Unidos, vivia um jovem chamado Mike Emme, que era um adolescente habilidoso, gentil e amável. Ele era muito conhecido na cidade em razão de ter adquirido um Mustang 68, restaurado e pintado o mesmo de amarelo brilhante. Naquele lugar, o jovem passou a ser identificado com o carro, sendo apelidado, inclusive, de Mustang Mike. Porém, ninguém percebeu que Mike estava sofrendo com algum transtorno psicológico e, então, no dia 08 de setembro de 1994, ele tirou a própria vida, aos 17 anos de idade. Em seu funeral, seus pais fizeram um cesto de laços de fita amarela e cartões com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. Desde então, o mês de setembro e a fita amarela marcam os movimentos sobre a prevenção ao suicídio.No Brasil, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza, em todo o território nacional, o Setembro Amarelo.É nesse mês, no dia 10, o dia mundial de prevenção ao suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti-estigma do mundo!Embora o foco da campanha Setembro Amarelo seja a prevenção ao suicídio, não se pode deixar de registrar o fato de que pessoas que já tentaram o suicídio têm muito mais chances de tentar de novo e precisam de cuidado e de atenção redobrados. Por isso, a POSVENÇÃO é, também, muito importante e diz respeito a encontrar estratégias para cuidar de pessoas que tentaram tirar a própria vida e sobreviveram. Elas podem tentar de novo e... de novo... Nesse sentido, dialogar, criar espaços afetivos, acolher, praticar a escuta ativa, não desconsiderar qualquer sinal, fala ou comportamento suicida e nutrir-se de conhecimentos sobre o assunto são caminhos auspiciosos e que podem salvar muitas vidas.Na nossa cultura, e em tantas outras, falar de suicídio é considerado perigoso e, portanto, um tabu. É possível que o silêncio sobre o assunto tenha a ver com medo, vergonha, e, talvez, falta de entendimento para uma abordagem detalhada. É necessário falar! A fala é um meio eficaz para quebrar barreiras e tornar um assunto mais conhecido.Por isso, desde que o tema seja tratado de forma adequada e responsável, não se pode deixar de fazer movimentos na busca de entender a complexidade desse fenômeno, que é capaz de afetar qualquer pessoa, seja qual for a sua origem, gênero, cultura, classe social e idade. E nós podemos ajudar a prevenir! Basta nos capacitar e nos envolver nas diversas ações de conscientização como, por exemplo, a Campanha Setembro Amarelo.Dessa forma, nós o convidamos a fazer uma visita ao site oficial da campanha onde constam as diretrizes para divulgação e participação, além de um vasto material em forma de panfletos, cartilhas, folhetos, posts para as redes sociais, carta aos pais, responsáveis e educadores de crianças e adolescentes sobre automutilação e suicídio. O material disponível no site oficial é muito diversificado e interessante. Acesse, faça o download, leia com atenção e divulguem em suas redes sociais, aplicativos de conversa, grupos de E-mail. “A vida é a melhor escolha!”, eis o lema do Setembro Amarelo de 2022.Fontes: www.setembroamarelo.comwww.medicina.ufmg.br/setembroamarelo/#cartilhawww.setembroamarelo.com/blogPor Tereza de Almeida Brito Diretora da Fenassojaf – Oficiala de Justiça em Minas Gerais
Um Oficial de Justiça de 42 anos foi baleado em uma tentativa de homicídio quando estava dentro do próprio carro na Estrada do Arraial, na Tamarineira, na Zona Norte do Recife, no domingo (04). De acordo com a Polícia Civil, um homem em uma motocicleta se aproximou do veículo da vítima, atirou e fugiu.O carro da vítima da tentativa de homicídio tinha marcas de disparos de arma de fogo no vidro traseiro. O ferido foi identificado como Jorge Eduardo Lopes Borges, servidor do Tribunal de Justiça daquele Estado (TJPE).Após ser baleado, Jorge foi socorrido primeiro para o Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, Zona Oeste da capital pernambucana. Devido à gravidade do ferimento, ele foi transferido para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, na área central do Recife.Segundo a assessoria do HR, o Oficial deu entrada no local, no domingo (04), com um ferimento na cabeça provocado por arma de fogo. Nesta segunda-feira (05), ainda de acordo com o hospital, a vítima estava na sala vermelha da unidade de saúde e o estado de saúde dele é considerado grave.Em nota, a Polícia Civil disse que as investigações foram iniciadas pela equipe da Força Tarefa de Homicídios da Capital do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e seguem "até a elucidação do crime".Até a última atualização desta reportagem, o autor dos disparos não tinha sido identificado ou preso, nem havia detalhes da possível motivação.O TJPE afirmou, também em nota, e que está "prestando toda a assistência ao servidor e à sua família".A tentativa de assassinato contra o Oficial de Justiça ocorre dois dias após um latrocínio ser registrado pela Polícia Civil na mesma via. Um homem de 41 anos foi morto com um tiro, durante um assalto em uma parada de ônibus na sexta (02). A Fenassojaf lamenta o ocorrido com o colega do TJPE e segue empenhada na luta pela segurança de todo o oficialato que, diariamente, encontra-se nas ruas para fazer valer o direito do cidadão, encontrando várias situações de risco no exercício da função.Fonte/ foto: Portal G1
A atual diretoria da Fenassojaf apresentou, durante a Assembleia Geral Ordinária realizada na última sexta-feira (02) em Arraial D’Ajuda (BA), um balanço do primeiro ano da gestão 2021/2023.No primeiro Congresso presencial ocorrido após as eleições, o grupo fez uma breve apresentação de cada integrante da direção, bem como exibiu um vídeo com as principais atuações e as vitórias obtidas ao longo deste um ano de trabalho em prol dos Oficiais de Justiça e em defesa do serviço público.Segundo a vice-presidenta Mariana Liria, a Fenassojaf se fez presente em diversas frentes com o propósito de intensificar o trabalho e a mobilização pelas principais bandeiras do oficialato e do serviço público em geral. “Foi muito trabalho desempenhado por toda a diretoria e pelas associações e entidades parceiras que fez com que tivéssemos vitórias concretas para os Oficiais de Justiça e todos os servidores”, frisou a Oficiala de Justiça.Clique Aqui para assistir o vídeo exibido na Assembleia da FenassojafDa Fenassojaf, Caroline P. Colombo
O TRT-14 promove o II Encontro de Oficiais de Justiça. O evento será nos dias 15 e 16 de setembro, via plataforma Zoom, com transmissão pelo Canal do YouTube da Escola Judicial, e pretende debater temas relevantes para o segmento.Com o tema “O Oficial de Justiça da Era Digital: desafios e perspectivas”, o encontro é fruto da atuação da ASSOJAF RO/AC junto à Administração do Tribunal, que considerou a relevância do aprimoramento e qualificação do oficialato no cumprimento da função e inseriu o Encontro no Calendário permanente da Instituição. As inscrições já estão abertas para os Oficiais de Justiça do TRT 14 e, a pedido da Assojaf-RO/AC, foram disponibilizadas 30 vagas para colegas de outros tribunais, cuja inscrição pode ser feita até a próxima quinta-feira (08) em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScY4om_xQ3mD2p0RSTD1mpiSU9J2f1796w6AlfNbXt2SQmaGw/viewform .As palestras poderão ser assistidas pelo canal da Ejud TRT14 no Youtube, com disponibilização de certificado. Para a presidente da ASSOJAF/ROAC Eline Cavalcante, obter esse reconhecimento por parte da Administração do TRT-14 demonstra a relevância dos Oficiais de Justiça e a mobilização do segmento em prol de melhorias no cumprimento dos mandados e prestação jurisdicional. “Convidamos todos os colegas do TRT 14 e demais colegas a efetuarem a inscrição e participarem desse importante treinamento oferecido pelo Regional”, enfatiza.Inscreva-se e participe do II Encontro de Oficiais de Justiça da 14ª Região!Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo com informações da Assojaf/ROACBanner Ilustração TRT14
Em decisão do Desembargador do Trabalho João Leite de Arruda no exercício da presidência, o TRT da 19ª Região (AL) manterá o pagamento da VPNI oriunda dos quintos incorporados aos Oficiais de Justiça. Em despacho emitido no último dia 29 de agosto, o Desembargador acatou a sugestão da SEGESP tendo sido obstado “a adoção de qualquer medida até a decisão final do processo TCU nº 036.450.2020/0”. A decisão vale para todos os casos análogos de apuração de indícios de irregularidade apontados pelo TCU. Para o Presidente da Assojaf/AL Ricardo Vasconcelos a decisão traz tranquilidade em um momento de extrema dificuldade para os servidores. O vice-presidente da Associação Leonilson de Lima Miranda considera importantíssima a decisão, pois mantém a segurança jurídica em uma situação que envolve verbas recebidas há vários anos. Segundo o Diretor Regional Nordeste I da Fenassojaf Amaury Valença França, a decisão representa o respeito a situações constituídas há vários anos não havendo, ainda, decisão final do TCU em relação a matéria. A diretoria da Assojaf/AL atuou junto à Administração do Tribunal e foi representada no processo pelo advogado Eduardo Virtuoso, ex-diretor jurídico da Associação Nacional, para quem a decisão é muito importante e demonstra bom senso e sensibilidade por parte da administração do TRT-19.Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo
Os delegados presentes no 14º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) e 4º Encontro Nacional dos Oficiais de Justiça Aposentados (ENOJAP) manifestam repúdio a qualquer ataque à função e ao serviço público. A mobilização está contida na Carta do Arraial D’Ajuda, redigida a partir dos debates e manifestações ocorridos entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, em Porto Seguro (BA).O documento chama a atenção para a evolução como uma regra, onde a natureza, a economia, o mundo empresarial sempre estão em constante mudança. “Não é diferente no Poder Judiciário. A tecnologia digital tem alterado o modo como executamos o nosso mister. Entramos em uma nova era, a chamada Justiça 5.0, onde várias tarefas são substituídas por máquinas inteligentes. Há que se criar, no entanto, um novo conceito de priorização do ser humano, isto é: a necessidade do uso da tecnologia para otimizar a qualidade de vida das pessoas. Enfim, a máquina a serviço do ser humano”.Segundo a manifestação, é neste contexto que se inserem as oficialas e oficiais de justiça. “A tecnologia não extinguirá nossa função, a despeito de termos uma história milenar. Estamos vivendo, no entanto, um momento sem precedentes, pois enquanto nos adaptamos à introdução das inovações tecnológicas em nossas funções, somos constantemente ameaçados pela retirada dos nossos direitos”.Desse modo, as Oficialas e Oficiais de Justiça Avaliadoras e Avaliadores Federais, representados pela Fenassojaf, reunidos no 14º CONOJAF e 4º ENOJAP, manifestaram o repúdio a qualquer ataque à função e ao serviço público. “Entendemos que um Estado forte e justo é constituído de instituições sólidas. Um Poder Judiciário estruturado exige que as suas servidoras e seus servidores estejam em situação de tranquilidade financeira e funcional. Queremos desempenhar nossas funções de forma satisfatória sem que sobre nós exista qualquer ameaça de vermos extirpada, de uma hora para outra, uma parte considerável dos nossos vencimentos”. Os Oficiais de Justiça dizem Não à reforma administrativa, não à redução salarial, não ao congelamento da indenização de transporte, não à privatização do judiciário! Respeito ao estado democrático de direito, às instituições, aos direitos humanos, às trabalhadoras e trabalhadores públicos e privados. “Que todas e todos tenhamos um olhar atento ao pleito eleitoral que se aproxima e que possamos optar por candidatas e candidatos que defendam propostas de valorização dos serviços públicos, e, consequentemente, da valorização profissional de todas as servidoras e de todos os servidores”.LEIA AQUI A ÍNTEGRA DA CARTA DO ARRAIAL D’AJUDADe Porto Seguro, Caroline P. Colombo
Os delegados presentes na Assembleia Geral da Fenassojaf ocorrida na tarde desta sexta-feira (02) em Arraial D’Ajuda aprovaram a prestação de contas apresentada pelo Conselho Fiscal da entidade.Durante a exibição do parecer, o conselheiro Bruno Dantas ressaltou que a análise de contas da Fenassojaf deixou o Conselho bastante orgulhoso e demonstrou a seriedade com que a diretoria promove a administração dos erários dos associados.Após a apresentação do relatório, a conselheira Jaciara Tancredi enfatizou que a conclusão era de que, com base nos comprovantes apresentados pela diretoria, o grupo indicava a aprovação das contas referentes aos períodos de agosto a dezembro de 2021 e de janeiro a maio de 2022.Ainda conforme Jaciara, não foram apresentados qualquer indício de irregularidades, estando portanto, as contas em condições de serem apreciadas pela Assembleia.O parecer foi aprovado com unanimidade.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
Os delegados das associações estaduais presentes em Arraial D’Ajuda (BA) elegeram a cidade de Belém como sede do 15º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) e 5º Encontro de Oficiais Aposentados (ENOJAP) em 2023.A Assojaf-PAAP será a coorganizadora do evento no próximo ano. Durante a fala da candidatura, o presidente da Associação e diretor da Fenassojaf Malone Cunha defendeu a realização deste que será o primeiro CONOJAF da região amazônica. De acordo com ele, a ideia é apresentar um congresso técnico, científico e cultural sobre temas que levem à reflexão do Oficial de Justiça enquanto pensador do Direito.Ao anunciar a aprovação de Belém, o presidente João Paulo Zambom falou da alegria de reencontrar todos os Oficiais de Justiça no Pará.Confira AQUI o vídeo apresentado aos participantes durante a eleição do Pará para o CONOJAF 2023De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
O último dia do 14º CONOJAF e 4º ENOJAP foi iniciado, nesta sexta-feira (02), com um painel que demonstrou a experiência portuguesa na execução de mandados. Denominado “Painel Lusófono: o Oficial de Justiça brasileiro e o Agente de Execução português”, a apresentação teve o ex-presidente da Fenassojaf Neemias Ramos Freire como facilitador e contou com a participação do bastonário da Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução de Portugal (OSAE) Paulo Teixeira e o diretor da entidade Duarte Pinto. No início, Neemias Freire explicou que a ideia do painel era debater o PL da Desjudicialização, uma vez que a proposta apresentada pela senadora Soraya Thronicke (União/MS), autora do PL 6204/2019, faz alusão ao modelo utilizado em Portugal. “No entanto, a ideia que tramita no Senado brasileiro em nada se assemelha com o método português”, destacou.Ainda de acordo com o facilitador, em Portugal, qualquer servidor do Judiciário é denominado “Oficial de Justiça”. Aquele que exerce a função de execução é chamado Agente de Execução naquele país.Duarte Pinto falou sobre o trabalho do Agente de Execução em Portugal e deu detalhes das fases processuais da Corte portuguesa, cada uma com um custo específico pago pelo expoente, uma vez que a função naquele país é exercida por um servidor da iniciativa privada. Na Fase 1, ocorre a análise do título e eventual remessa para o despacho. De acordo com ele, se houver a determinação do juiz para dar seguimento à ação, o Agente de Execução segue para a realização de buscas de bens e, em seguida, para a notificação do resultado das buscas, indicando quais bens serão penhorados.Na segunda fase, existe a citação do executado via Correios e, caso seja infrutífero, o Agente vai para a rua e faz o contato pessoalmente. A terceira fase envolve a penhora, realizada “80% eletrônica”. A última fase envolve a venda e pagamentos. O Agente português destacou que, ao longo de toda a tramitação do processo, o juiz tem apenas a função de julgar os litígios que possam envolver as fases processuais. “Existem penhoras que são feitas sem a necessidade de despacho, o que agiliza a tramitação do processo”, explicou.Duarte Pinto também apresentou aos participantes do CONOJAF o programa utilizado pelos Agentes de Execução para a realização das penhoras eletrônicas de saldo bancário. O dirigente da OSEA explicou que antes da utilização dos meios eletrônicos, as instituições bancárias davam respostas negativas sobre as consultadas dos saldos, o que dificultava o trabalho da penhora. “Agora, o juiz consegue ter todos os dados sobre o saldo, a partir do pedido de informação judicial”.O Judiciário português possui 1.151 Agentes de Execução em todo país, sendo 746 mulheres e 405 homens. Ainda de acordo com o painelista, os dados mostram que 157,47% dos processos pendentes foram solucionados pela justiça, com um total de 2 bilhões de euros em penhoras bancárias. Sobre a Desjudicialização debatida no Brasil, Duarte frisou que a proposta do modelo português não parece que esteja sendo copiado. Para ele, diante da extensão e das diversidades do país, o modelo português não serve para o método de trabalho do Judiciário no Brasil. “Vocês merecem ter um modelo brasileiro. Esse modelo utilizado em Portugal foi imposto por tudo aquilo que representa a União Europeia. Eles só estão preocupados com a situação financeira. Lutem para não deixar que isso aconteça no Brasil, esse é meu grande apelo e tem que ser o tom do combate de todos vocês”, finalizou. Em seguida, o bastonário Paulo Teixeira apresentou o histórico do surgimento do Agente de Execução, um profissional liberal que possui prerrogativas do Poder Público. Conforme o dirigente, o modelo implementado em Portugal é copiado da França. “Em todo o mundo, nem todos são profissionais liberais e nem todos são servidores do Estado. O importante é a função que exercem”.Sobre os notários exercerem as mesmas funções dos Agentes de Execução, Teixeira explicou que, efetivamente, não existe nada que seja levada em consideração a tarefa do notário nas funções de execução de mandados. O dirigente expôs que a justiça do país criou um balcão nacional de despejos onde somente Agentes de Execução e Notários poderiam executar a função. “Mas os notários não fazem e os próprios não querem”, apontou. Além disso, a tramitação de inventários de divórcios e mortes também pode ser implementada por ambos os profissionais. Ao final, o bastonário colocou a Ordem dos Solicitadores ao lado da Fenassojaf e dos Oficiais de Justiça brasileiros, na tentativa de corrigir “essa falácia [de que a Desjudicialização vem do modelo português]. Contem com a OSEA para onde quer que seja e quando for. Quanto aos Oficiais de Justiça federais, eu julgo que o Brasil ficará muito melhor do jeito que está”.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
Ato publicado pelo presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Emmanoel Pereira, suspende a aplicação do Artigo 27 da Resolução nº 296/2021, que previa a extinção e transferência de unidades judiciárias com distribuição processual inferior a 50% da média de casos novos nos últimos três anos.O normativo, publicado nesta quarta-feira (31), leva em consideração que a adequação da jurisdição ou transferência de unidades judiciárias devem ser pautadas “não apenas pela consideração da motivação processual, mas também pela avaliação de critérios sociais, políticos, econômicos e orçamentários”.Além disso, o Ato CSJT.GP.SG nº 134/2022 informa que a Resolução 296 ainda está em amadurecimento, “de modo que toda a cautela na aplicabilidade da norma é relevante, inclusive de modo a assegurar a aludida Resolução produza bons frutos para o alcance do objetivo de melhor funcionamento da Justiça do Trabalho”.Neste sentido, o Artigo 27 da Resolução está suspenso até 30 de junho de 2023.Clique Aqui para ler o Ato nº 134/2022Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo
O segundo dia de 14º CONOJAF e 4º ENOJAP em Porto Seguro foi encerrado, nesta quinta-feira (1º), com um painel que demonstrou a união e parceria das entidades representativas em favor dos Oficiais de Justiça e todos os servidores públicos.Conduzido pela vice-presidenta da Fenassojaf Mariana Liria, o objetivo foi demonstrar a atuação conjunta nos pleitos de interesse do oficialato federal e estadual, bem como de toda a categoria. Para isso, teve espaço de fala o vice-presidente da Federação das Entidades Sindicais de Oficiais de Justiça do Brasil (Fesojus), Eleandro Alves Almeida, que lembrou que, a partir da pandemia da Covid-19 e com a iniciativa do PL 6209, que trata da Desjudicialização da Execução Civil, as entidades começaram a caminhar juntas, o que oportunizou uma proximidade entre as representatividades, em um momento transformador bastante importante. De acordo com o Oficial de Justiça estadual, o Processo Judicial Eletrônico (PJe) trouxe a necessidade de transformação da função, e despertou a participação dessa mudança. “Nós, com nossas entidades, estamos participando de um processo. Estamos conseguindo mostrar para o Congresso e para a sociedade que o oficialato nacional está presente e é atuante. Os filiados precisam se sentir integrados e representados nessa transformação”, apontou.Em seguida, o presidente da Afojebra Edivaldo Lima lembrou que há mais de 10 anos se fala em extinção de cargos e novas atribuições, o que tem chamado a atenção dos Oficiais de Justiça para a importância do aprimoramento e atuação em favor da classe.Coordenador da Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário da União e MPU (Fenajufe), o diretor da Aojustra Thiago Duarte apresentou o trabalho desempenhado pela entidade em prol do serviço público federal. De acordo com ele, atualmente, cinco Oficiais de Justiça compõem a coordenação da Federação e integram as mobilizações e bandeiras de luta da categoria, em especial, a recomposição salarial encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal ao Congresso, na Proposta Orçamentária do próximo ano.Thiago também falou sobre Quintos e a atuação da Fenajufe e Fenassojaf contra o PL da Desjudicialização. Por fim, lembrou da mobilização e trabalho conjuntos promovidos pelas entidades na vitória do reajuste da Indenização de Transporte nas Justiças Federal e do Trabalho.O presidente da União Internacional Marc Schmitz atestou mais uma vez a excelente relação com a Associação Nacional e lembrou das principais pautas brasileiras em que a UIHJ atuou em defesa dos Oficiais de Justiça. Entre elas, esteve o reajuste da IT e a manutenção do pagamento cumulativo da VPNI e GAE, tratados com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, durante reunião ocorrida no mês de março em Brasília.De acordo com ele é fundamental que cada um reflita sobre o papel do Oficial de Justiça no Judiciário. No encerramento, Marc enfatizou que os Oficiais brasileiros permanecerão com a UIHJ, pois “a Fenassojaf é um membro muito respeitável pela União Internacional”.Para fechar o último painel do dia, Mariana Liria reafirmou o compromisso de união e atuação conjunta nas causas análogas dos Oficiais federais e estaduais, uma vez que o segmento é único, “pois a rua é a mesma para todos”. A vice-presidenta da Fenassojaf reforçou a parceria com a Fenajufe e a atuação conjunta nas lutas que trouxeram conquistas para todos os servidores e, em nível internacional, enalteceu que a Associação se destaca como integrante na diretoria da UIHJ por meio do dirigente Malone Cunha, numa ampliação da representatividade brasileira.Mariana frisou a importância do engajamento e união entre todos para a obtenção de resultados e garantia de conquistas. “É sempre com muita luta que tivemos algum resultado, nada vem de graça”. Por fim, destacou a necessidade de uma representatividade igualitária e diversa nas direções das entidades, “pois as mulheres sofrem com a dupla jornada de trabalho e essa dificuldade vem do racismo estrutural”. Mariana exaltou a composição da atual gestão da Fenassojaf, que possui sete mulheres na direção da entidade e fez um apelo para que as mulheres busquem ocupar os espaços. “É uma tarefa de todos e todas”, finalizou.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
A atuação internacional pelos Oficiais de Justiça em todo o mundo, bem como a realização do 25º Congresso Internacional da UIHJ foram demonstrados no primeiro painel da tarde desta quinta-feira (1º) na Bahia.Nele, o diretor de Relações Internacionais da Fenassojaf Malone Cunha atuou como facilitador, ao lado do presidente da União Internacional Marc Smichtz, do vice-presidente Luís Ortega, do secretário Patrick Gielen e da delegada permanente da UIHJ na América Latina, Vera Lúcia Miranda.No início, Malone explicou o objetivo da explanação de promover uma apresentação da entidade, bem como a importância da amplitude de representatividade conquistada pela Fenassojaf, através da integração com a União Internacional. Durante a explanação, Marc Smichtz apresentou a história da União Internacional, criada em 1949 no congresso nacional da Câmara Francesa. Com a sede localizada em Paris, o funcionamento da entidade gira em torno do seu Congresso Internacional, do Conselho Permanente que implementa as resoluções tomadas pelo Congresso; e da direção que é encarregada por implementar as decisões das duas instâncias anteriores.De acordo com o presidente, cada entidade ou associação nacional, inclusive a Fenassojaf, é representada no Conselho Permanente da UIHJ por um ou mais delegados. Sobre a diretoria, o Oficial de Justiça da Bélgica lembrou da eleição do diretor Malone Cunha como integrante da atual direção da entidade. Segundo Marc, uma das funções da UIHJ é representar seus membros em organizações internacionais, como o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU). Além disso, a União possui estreito contato com o Banco Mundial e com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Para o dirigente, o treinamento e promoção de intercâmbios internacionais são uma das preocupações da UIHJ que, regularmente organiza as qualificações com a participação de Oficiais de Justiça, juízes, acadêmicos, entre outros.De acordo com ele, os tempos estão mudando, assim como os Oficiais de Justiça. “A profissão enfrentou e ainda enfrentará muitas reviravoltas e o uso das tecnologias pode ser uma ferramenta poderosa para a função”.Matriarca nas relações internacionais com os Oficiais de Justiça, Vera Pinheiro explicou sobre a chegada da UIHJ no Brasil que, no ano de 1997, foi promovido um Congresso no Rio de Janeiro. A partir da percepção de que os Oficiais de Justiça estavam presentes em mais de 100 países, a delegada permanente na América Latina compreendeu a importância de se estreitar as relações com as entidades representativas não só do Brasil, mas também de fora do país. Ainda sobre o trabalho desempenhado pela UIHJ, o vice-presidente Luís Ortega abordou as relações com outros países e a atuação da entidade nas causas que estão diretamente relacionadas ao oficialato mundial, como é o caso do PL que trata da Desjudicialização em que a União Internacional encaminhou manifestação contrária ao Senado Federal, juntada à tramitação da matéria.25º CONGRESSO INTERNACIONAL – RIO 2024Durante a fala, Ortega também falou sobre a realização do 25º Congresso Internacional da UIHJ, marcado para ocorrer em 2024 no Rio de Janeiro, e disse esperar que todos estejam neste grande evento “para fortalecer ainda mais as relações com as entidades”.O secretário Patrick Gielen, relator geral do 25º Congresso, também esclareceu sobre a realização do evento e enfatizou que esta será a oportunidade de dar as boas-vindas a novos membros da União Internacional. “É o evento mais importante, em nível mundial, para os profissionais Oficiais de Justiça”, ressaltou.Pela primeira vez a UIHJ promoverá o seu evento em um país da América Latina. Entre os dias 8 e 10 de maio de 2024, será possível participar do evento científico que, para Gielen, também é uma oportunidade de estreitar relações e conhecer colegas de todo o mundo”. Ele lembrou que, diante da magnitude do Congresso, seria impossível que a direção da União Internacional permanecesse no Brasil para os preparativos e, através de uma atuação conjunta, confiou à Fenassojaf essa importante tarefa.O 25º Congresso Internacional acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de maio de 2024, no hotel Fairmont, localizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo Patrick Gielen, serão disponibilizadas taxas especiais para os inscritos que desejarem se hospedar no hotel do evento, bem como outras opções de hospedagem próximas ao local.O relator também informou que a logomarca e o tema serão divulgados no próximo Conselho Permanente da UIHJ que acontece no próximo mês de novembro, em Paris. Ao final, o Oficial de Justiça belga disse ser impossível descrever a sensação de ser um participante, como Oficial de Justiça, do Congresso da UIHJ. “A emoção de participar de um Congresso da UIHJ é enriquecedora, não só pelo seu conteúdo técnico e científico, mas pelo contato humano, conhecendo colegas de todo lugar do mundo. Tenho certeza de que vocês estarão em 2024 no Rio de Janeiro. Conto com vocês”, encerrou.Um vídeo produzido pela diretoria de Relações Internacionais da Fenassojaf sobre a realização do Congresso no RJ em 2024 também foi exibido aos participantes do 14º CONOJAF. No encerramento do painel internacional, o presidente Marc Smichtz foi homenageado pela Assojaf/BA com a entrega de uma lembrança do estado ao dirigente.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
Os participantes do 14º CONOJAF analisaram a carreira dos Oficiais de Justiça no segundo painel desta quinta-feira (1º). As participações foram dos ex-presidentes da Fenassojaf Marcelo Ortiz e Isaac Oliveira, atual diretor de aposentados, e dos Oficiais de Justiça Joselito Bandeira (TJPB), Marlon Marcelo Murari (TRT15), Vanessa de Marchi (TRF3) e os colegas argentinos Rosario Brinsek e Pablo Lamounan.O facilitador Marcelo Ortiz enfatizou que conquistas vêm do esforço e do trabalho desempenhado pelos Oficiais de Justiça. Nesse sentido, disse que o objetivo do painel era levar os inscritos a refletirem sobre “a carreira que queremos ter”. Joselito Bandeira abordou a atuação legislativa promovida no Congresso Nacional em prol das demandas que dizem respeito ao segmento. O Oficial de Justiça da 15ª Região, Marlon Murari, foi convidado a falar sobre a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na atividade dos Oficiais de Justiça. De acordo com ele, mais do que se pensa, a lei é aplicada na atividade cotidiana do oficialato. “Está previsto na Lei que ela se aplica aos órgãos do Judiciário Federal, Estadual e Municipal”, explicou. Murari listou os diversos regimentos que dizem respeito à publicação de informações pessoais, entre eles, a Publicidade processual, Lei de Acesso à Informação, Marco Civil da Internet, LGPD e outros tantos dispositivos previstos no STJ e tribunais que já falam sobre a Lei de Proteção de Dados.Segundo o palestrante, a exceção está para casos que envolvem a investigação criminal e matéria de segurança pública, além daquelas que não tratam de interesses econômicos. O diretor de aposentados da Fenassojaf Isaac Oliveira fez um histórico sobre a carreira, instituída no Judiciário Federal em 1996. Isaac lembrou que, somente após doze anos, a categoria obteve o reconhecimento da especialidade ‘Oficial de Justiça’. Para Isaac, ao longo dos anos, os Oficiais de Justiça enfrentam muitos desafios e transformações. Ao final, o Oficial aposentado deixou o questionamento sobre “O que o segmento está fazendo para ser respeitado?”. Os Oficiais argentinos convidados para o debate agradeceram o convite e oportunidade e repassaram informações sobre a experiência da atuação naquele país.Sobre “a carreira que temos e a que queremos”, Vanessa de Marchi destacou a Resolução nº 395 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que trata da gestão de Inovação no Poder Judiciário. A painelista destacou que os laboratórios de inovação que serão implementados nos tribunais de todo o país serão essenciais para o trabalho dos Oficiais de Justiça, “porque esse é o caminho para nós”, disse.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
O 14º CONOJAF em Arraial D’Ajuda foi retomado, na manhã desta quinta-feira (1º) com o debate sobre o papel do Oficial de Justiça enquanto mediador e conciliador. Com o tema “Ser ou não ser mediador: eis a questão”, a facilitadora Asmaa Abduallah Hendawy, acompanhada da Desembargadora do TRT-5 Dorotéia de Azevedo Mota, da Oficiala Vanessa de Marchi e do Oficial de Justiça Ricardo Tadeu, além do servidor do TJ de Mato Grosso Celso Victoriano abordaram o tema em conjunto com os participantes.Dra. Dorotéia apresentou a ideia inicial da conciliação de obter uma resolução adequada para as disputas judiciais, por meio de sistema multiportas onde a Justiça não precisa trabalhar só com o litígio e depende das situações que serão analisadas. De acordo com ela, cada método pode ser usado em situações diferentes.Durante a exibição, a Desembargadora apresentou os fundamentos da Justiça Conciliadora com o objetivo de respeitar e melhorar o desempenho e funcionalidade da justiça, inspirada em motivações consideradas eficientistas. Segundo Dra. Dorotéia, a diminuição dos conflitos é uma consequência dessa justiça conciliadora, mas os conflitos sempre existirão. Ela também apontou os fundamentos da conciliação e mediação, que são funcional, social e político. Ricardo Tadeu, escritor e Oficial de Justiça de Santa Catarina focou no Oficial de Justiça como agente externo de conciliação. O painelista convidou os participantes à reflexão sobre qual será o futuro da profissão do Oficial de Justiça. De acordo com ele, a pandemia trouxe projetos que eram vistos como futuros, como foi o caso das comunicações por WhatsApp, sem a alteração da lei e destacou que “mudança é radical, repentina e irreversível. Não podemos esperar ela acontecer”.O Oficial de Justiça chamou a atenção para a era da Inteligência Artificial vivenciada hoje e chamou de (In)dispensabilidade do Oficial de Justiça as funções que estão sendo substituídas por ferramentas como os atos de comunicação e constrição. No entanto, Ricardo apontou os atos que são imprescindíveis da função do Oficial de Justiça como os casos de avaliação e constatação.A convidada Vanessa de Marchi, autora do canal Papo de Oficial, explicou sobre o projeto Oficial de Justiça Pacificador, instituído pela justiça do Pará. Os interessados podem acessar o canal da Oficiala para obterem todas as informações a respeito do projeto.Por fim, o Oficial do TJMT e voluntário do Conselho Nacional de Justiça Celso Victoriano apresentou casos concretos de conciliação praticados durante o trabalho do Juizado Especial Itinerante, do qual faz parte.O 14º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais reúne mais de 250 inscritos no Eco Resort Arraial D’Ajuda, em Porto Seguro (BA).De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
ATUAÇÃO LEGISLATIVA E JURÍDICA EM FAVOR DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA ENCERRA PRIMEIRO DIA DO CONOJAF 2022
As apresentações sobre a atuação legislativa e jurídica da Fenassojaf em favor dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais encerraram as atividades do primeiro dia de 14º CONOJAF em Arraial D’Ajuda, Porto Seguro (BA).No primeiro painel, denominado “Atividades Legislativas: Desjudicialização e mobilizações em Brasília”, o presidente João Paulo Zambom e os diretores Mariana Liria, Julio Fontela e Eusa Braga, acompanhados virtualmente da equipe legislativa da Associação Nacional, através da Queiroz Assessoria, falaram sobre a atuação da entidade na luta contra os projetos que ameaçam a carreira do oficialato e dos servidores públicos em geral.O diretor Julio Fontela iniciou relembrando a contratação da Queiroz Assessoria para um trabalho mais incisivo junto ao Congresso Nacional em favor das principais matérias em tramitação no Legislativo. O assessor Antonio Augusto de Queiroz (Toninho do Diap) fez uma análise da atual conjuntura sobre os temas que atingem o serviço público que, de acordo com ele, encontra um quadro desfavorável, diante de tantas ameaças que rondam o funcionalismo brasileiro.Durante a fala, Toninho chamou a atenção para as principais investidas contra o serviço público, com o histórico de luta da categoria, desde o governo Michel Temer até os dias atuais.“Os servidores do Judiciário estão de parabéns sobre o trabalho que vem sendo feito, sobretudo no Congresso Nacional”, ressaltou. Também integrante da assessoria legislativa, Thiago Queiroz apresentou a relação de Projetos de Lei em tramitação na Câmara e no Senado que atingem diretamente o oficialato, entre eles, o PL da Desjudicialização, porte de arma, entre outros.A relação completa apresentada pela assessoria da Fenassojaf será disponibilizada em breve.A vice-presidenta Mariana Liria destacou os esforços na luta contra a Reforma Administrativa e da Desjudicialização, através da intensa mobilização da Associação Nacional e entidades regionais. Ambos os projetos fazem parte da precarização e ameaça de terceirização do serviço público. A dirigente também apresentou toda a trajetória do segmento, com a agenda reativa, e a apresentação de defesas para as conquistas da categoria. “Os Oficiais de Justiça fizeram parte de um todo. Ao longo de 14 semanas consecutivas estivemos em Brasília para as mobilizações contra a Reforma Administrativa”, enfatizou. Por fim, a vice-presidenta lembrou o projeto de lei que pretende dar o nome de Francisco Ladislau a uma rodovia do Espírito Santo. Nesse gancho, relembrou o assassinato do Oficial de Justiça e chamou a atenção para a necessidade de maior segurança para o segmento.A diretora regional Norte Eusa Braga também deu detalhes da atuação realizada semanalmente em Brasília, na luta pela recomposição salarial dos servidores públicos e contra a privatização do Poder Judiciário.No fechamento do painel, Zambom reafirmou o trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido e chamou os Oficiais a atuarem junto aos deputados e senadores em seus estados. “Infelizmente nós pegamos o período pós pandemia que está repleto de matérias contra os Oficiais de Justiça e os servidores públicos. Felizmente, aos poucos, nós temos conseguido reverter esse quadro”.PAINEL JURÍDICONa sequência, o presidente João Paulo Zambom e os diretores Fabio da Maia e Márcio Martins Soares, acompanhados dos assessores Eduardo Virtuoso e Rudi Cassel deram início ao painel jurídico “IT, Atuações e Atualizações”.O diretor jurídico falou da atuação da Fenassojaf para a recente conquista da majoração da Indenização de Transporte nas Justiças Federal e do Trabalho e abordou os próximos passos para reajustes periódicos aos Oficiais de Justiça. No TJDFT, Fabio explicou que houve uma proposição de reajuste da IT, com um valor que ultrapassaria R$ 2.600,00. Na Justiça Militar ele também afirmou que existe previsão para a majoração das diárias dos Oficiais.O assessor jurídico junto aos conselhos e ex-diretor da Fenassojaf Eduardo Virtuoso abordou o trabalho desempenhado pela Associação para a legitimidade do pagamento cumulativo da VPNI e GAE e lembrou da reunião ocorrida entre Fenassojaf, Fenajufe e Sisejufe/RJ com o relator do processo no Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Antonio Anastasia. Virtuoso fez um breve histórico do tema e lembrou que atualmente, na Justiça Federal, nenhum tribunal executa o desconto. Nos TRTs, ainda existem aqueles que mantiveram a determinação de corte do pagamento, onde a assessoria tem atuado para reverter o quadro.Ainda sobre a IT, o diretor da região Centro Oeste Márcio Soares, integrante do GT do TRF-1 que analisa a Indenização de Transporte, apresentou um relatório dos últimos reajustes implementados e falou da integração e trabalho no grupo da Justiça Federal, determinante para a vitória na concessão do reajuste aprovado em 8 de agosto pelo CJF. Quanto às perspectivas de futuro, o diretor disse que a Fenassojaf pretende apresentar um requerimento para que estudos anuais para a correção na Justiça Federal sejam efetivados, assim como determinado pelo CSJT. Além disso, a ideia é promover a elaboração de um estudo para a criação de um modelo padronizado de Indenização de Transporte para todos os Oficiais federais.Na participação virtual, o advogado Rudi Cassel falou sobre as ações da GAJ no vencimento básico e o pagamento de insalubridade para o Oficial de Justiça. Fabio finalizou lembrando que, após um ano da transformação da Fenassojaf em Associação Nacional, a atual diretoria ampliou a oferta de serviços jurídicos aos associados. Aqueles que desejarem encaminhar eventual pedido de assistência, podem enviar e-mail para Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..Ao longo desta quarta-feira (31), os mais de 250 inscritos para o CONOJAF e ENOJAP ainda tiveram palestras com profissionais da psicologia que levaram os participantes a reflexões sobre os anseios que afligem a profissão solitária das ruas. Este primeiro dia foi finalizado com um jantar de abertura do Congresso realizado no Centro de Convenções do Eco Resort.Os eventos serão retomados nesta quinta-feira (1º), a partir das 9:30h, com o painel “Ser ou não ser mediador: Eis a questão”. A programação completa pode ser acessada AQUI.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
Os participantes do 14º CONOJAF que estão em Arraial D’Ajuda debateram, na manhã deste primeiro dia de Congresso, os novos rumos tecnológicos que afetam a função do Oficial de Justiça no dia a dia do cargo.O painel contou com a presença do facilitador Vagner Oscar de Oliveira, atual presidente da Assojaf-15, e dos debatedores Marcelo Freitas (TRT-9), Edimário Bispo Silva (TRT-5) e Rui Miguel Esteves Simão, Solicitador e Agente de Execução em Portugal.No início Vagner explicou que o objetivo era debater esse tema tão relevante para o oficialato, principalmente diante das novas tecnologias que vieram com a pandemia da Covid-19 com mais intensidade.Marcelo Freitas fez um histórico sobre as várias nomenclaturas e diversas tarefas do oficialato ao longo dos anos. O Oficial do Paraná lembrou que a pandemia da Covid-19 intensificou a utilização dos recursos tecnológicos no cumprimento dos mandados, com a utilização de aplicativos de mensagem e e-mail para as execuções.Assim como Freitas, Edimário Bispo falou sobre as novas ferramentas, com ênfase na questão da possibilidade de penhora de criptomoedas e todo o aparato tecnológico necessário para a medida.O Agente de Execução de Portugal repassou informações sobre o dia a dia do trabalho naquele país, em uma troca de experiências com a realidade brasileira.No encerramento, o facilitador enfatizou que o tema é extenso e requer maior debate entre os Oficiais de Justiça e destacou que a utilização das ferramentas tecnológicas é uma realidade e exige maior capacitação e preparação de todos.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo
A Fenassojaf e a Assojaf/BA deram início, na manhã desta quarta-feira (31), ao 14º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) e 4º Encontro dos Oficiais Aposentados (ENOJAP).O maior evento do oficialato federal brasileiro conta com a participação de mais de 250 Oficiais de Justiça nacionais e estrangeiros e debate temas específicos de interesse do segmento.VEJA AQUI a programação atualizada dos eventos em Arraial D’AjudaDe Porto Seguro, Caroline P. Colombo
A união entre todos os Oficiais de Justiça e esperança foram as palavras de ordem da abertura do 14º Congresso Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (CONOJAF) e 4º Encontro dos Oficiais Aposentados (ENOJAP), em Porto Seguro (BA).Na abertura, o presidente da Fenassojaf João Paulo Zambom destacou os três anos de espera por um novo encontro de forma presencial. O dirigente relembrou os mais de 100 Oficiais de Justiça que faleceram durante a pandemia, assim como amigos e familiares, e convidou os participantes a fazerem um minuto de silêncio em homenagem a todos que não sobreviveram à Covid-19.Destacou o momento de agradecimento e o reinício dos encontros presenciais promovidos pela Fenassojaf. Para ele, “é importante estarmos juntos, Oficiais de Justiça do Brasil inteiro e do exterior, com a promoção de debates que nos são caros”.Zambom disse iniciar o CONOJAF um pouco mais aliviado diante da conquista do reajuste da Indenização de Transporte, fruto da união e mobilização de todos os Oficiais de Justiça e demais entidades representativas. Ainda enfatizou que o trabalho e os desafios não foram finalizados e ainda há muito a ser feito. “O trunfo da Fenassojaf é manter a união entre as Assojafs. Todos trabalhando juntos pelos Oficiais de Justiça. A conta aqui é o trabalho somatório”, destacou. Ao final, o presidente da Fenassojaf agradeceu cada um que está na Bahia e registrou a expectativa de um profícuo evento. “Sigamos juntos porque juntos somos mais fortes”.A vice-Corregedora regional do TRT-5 Léa Reis Nunes, chamou a atenção para o grande trabalho desempenhado pela presidente da Assojaf-BA Cátia Soares para a organização do 14º Congresso Nacional. Segundo a magistrada, “a tecnologia veio para ficar”. Dra Léa falou dos trabalhos desenvolvidos pelo Regional em favor dos Oficiais de Justiça. “Nosso Tribunal solicita deste Congresso que sejam enviadas as propostas e conclusões finais para que a Administração consiga, com diálogo junto aos Oficiais de Justiça, melhorar a prestação jurisdicional. Aproveitem a Bahia porque vocês estão em uma terra maravilhosa”.Dorotéia de Azevedo Mota, Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da BA, falou da alegria de estar no CONOJAF, “um evento pós-pandemia traz sempre a sua esperança. Vamos abraçar as novas tecnologias para a qualificação das nossas funções. São vocês que estão nas ruas, fazendo a ligação entre o Judiciário que está nas ruas e o que está fora dela. Quantas histórias vocês têm a contar? São diversos relatos, tanto de riscos quanto de esperanças”. ENTIDADES UNIDAS A união entre as entidades representativas no trabalho desempenhado em favor dos Oficiais de Justiça foi intensificada com a presença de dirigentes de entidades nacionais e internacionais.O presidente da União Internacional (UIHJ) Marc Schmitz atestou a excelente relação com a Fenassojaf, principalmente através do diretor Malone Cunha como membro da atual gestão da entidade internacional.Marc Schmitz lembrou da criação do Fórum Latino-Americano de Oficiais de Justiça, criado há alguns meses, como a oportunidade para os países membros da UIHJ da região, como para outros países dessa parte do mundo e que estejam interessados no trabalho ou mesmo em juntar-se à União Internacional, na troca de boas práticas e discussão sobre o futuro da profissão.“Nossa profissão existe em todo o mundo, seja sob o status de profissão liberal, como por exemplo na França, nos países do Benelux ou em muitos países africanos, ou sob o status de funcionário público, como por exemplo em muitos países da América Latina, na Alemanha, na Áustria, na Itália ou em muitos outros. Mas todos nós temos algo em comum: fazemos cumprir as decisões judiciais. E qual seria o valor de uma sentença se não pudesse ser executada com eficiência? Não valeria nem o papel em que está escrita”, disse.O vice-presidente da Federação das Entidades Sindicais de Oficiais de Justiça do Brasil (Fesojus), Eleandro Alves Almeida, reafirmou a necessidade de irmandade, que, segundo ele, comandará o trabalho entre todos os Oficiais de Justiça daqui para frente. “Estamos trabalhando pela esperança. Como disse o presidente Zambom no início, nós estamos aqui para somar, mas também estamos para dividir a esperança. Nós Oficiais e Oficialas de Justiça estamos nos transformando, mas continuaremos a ser o longa manus do Judiciário”.O presidente da Afojebra Edivaldo Lima também reafirmou a parceria de trabalho e união entre as entidades, na busca pela conquista dos pleitos do oficialato federal e estadual do país.A coordenadora da Fenajufe Paula Drumond Meniconi, atual presidenta da Assojaf-MG, falou da felicidade de representar a Federação Nacional dos Trabalhadores do PJU e MPU no evento dos Oficiais de Justiça. Segundo Paula, a Fenajufe tem estado ao lado da Fenassojaf nas lutas históricas dos Oficiais de Justiça, a exemplo da mais recente conquista do reajuste da IT, onde ambas as entidades estiveram nos gabinetes dos conselheiros e conselheiras do CJF e CSJT na mobilização pela recomposição. “Uma conquista não tanto quanto se merecia, mas que foi possível. Importante dizer que a luta pelas pautas gerais também é a luta dos oficiais e oficialas. É com muita alegria que eu vejo a Fenassojaf junto com a Fenajufe nessas lutas, a exemplo da Reforma Administrativa e da Previdência. É com muita alegria que caminhamos juntos. Quem estará ao seu lado nas trincheiras, isso importa mais do que a luta propriamente dita”, encerrou.Por fim, a diretoria da Assojaf-BA, entidade anfitriã do CONOJAF e ENOJAP 2022, enfatizou os desafios a que os Oficiais de Justiça foram colocados, diante das repentinas mudanças trazidas pela pandemia do coronavírus. “Que tenhamos interatividade com olhar de empatia com o outro, afinal, somos todos iguais. Alguns possuem diligências mais difíceis que outros, existem aqueles que já estão familiarizados e adaptados com as novas ferramentas e tecnologias, mas todos somos Oficiais de Justiça e estamos, diariamente nas ruas, submetidos às dificuldades e ao inesperado. Sejam todos muito bem-vindos e que tenhamos três dias muito produtivos para o segmento dos Oficiais de Justiça brasileiro! Que os nossos laços de união e a nossa força sejam intensificados e que possamos sair de Arraial D’Ajuda mais fortalecidos e com as energias renovadas. Tenham todos um excelente CONOJAF e ENOJAP baianos! Obrigada”, ressaltou a diretora Lúcia, representando a presidente Cátia Soares.De Porto Seguro, Caroline P. Colombo