O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), afirmou a aliados que priorizará nas próximas semanas a discussão em torno dos precatórios e dos combustíveis e que a Reforma Administrativa ficará para, pelo menos, depois da semana do feriado de 12 de outubro.
De acordo com a assessoria parlamentar da Fenassojaf, a tendência é de que Lira tente construir com as lideranças e o grupo de base dele uma emenda aglutinativa que incorpore todos os pontos que sejam solicitados pelos partidos para a obtenção dos votos necessários para a aprovação da matéria. “Se ele conseguir os 308 votos necessários, é possível que coloque em pauta e vote a Reforma no Plenário. Se houver risco de derrota, possivelmente ele irá priorizar outras questões que estão em debate”, avalia o assessor Thiago Queiroz.
Segundo informações do jornal Valor Econômico, há grande resistência entre os parlamentares a votar o texto. O entendimento entre os líderes é de que a aprovação é muito difícil por causa das resistências ao tema e, principalmente, da proximidade das eleições, que ocorrerão em um ano.
A mobilização dos servidores federais, estaduais e municipais e pouco apoio do governo Bolsonaro, que tem se dedicado mais a outros assuntos, também é determinante para esse adiamento anunciado por Lira.
Além disso, há dúvidas sobre se o Senado teria empenho em fazer andar a proposta. Governistas lembram que apenas 27 dos 81 senadores terão que renovar os mandatos em 2022, o que diminuiria a influência das eleições, mas os contrários citam que há outros senadores interessados na disputa ao governo e que a Casa já tem sido resistentes a muitos dos projetos do Executivo.
A Fenassojaf e Oficiais de Justiça de diversas regiões do país seguem mobilizados e atuam, ao longo desta terça (05) e quarta-feira (06), na Câmara dos Deputados para um trabalho de atuação junto aos parlamentares.
Além disso, a diretoria da Associação Nacional reforça o chamado para que o oficialato e todos os servidores integrem o trabalho de luta contra a Reforma Administrativa, através da pressão junto aos deputados em suas bases, com a realização de reuniões nos gabinetes estaduais e o envio de mensagens.
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Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo