Uma troca de tiros durante o cumprimento de mandado de imissão na posse deixou uma pessoa morta na manhã desta terça-feira (06) em Dracena (SP).
Segundo informações obtidas pela Assojaf-15, a Oficiala de Justiça do TRT Priscila Rios compareceu ao endereço constante no mandado para a execução da ordem judicial referente a uma Carta Precatória expedida pelo TRT da 2ª Região. Priscila, que estava acompanhada da arrematante e de dois policiais militares, foi recebida pelo executado Univaldo Buzati, de 72 anos, que teria tentado uma negociação para prolongar o tempo de permanência na propriedade.
Ao perceber que não teria sucesso, o homem entrou na residência e voltou minutos depois com celular em mãos para atrair a atenção da arrematante, quando puxou uma arma, atirando na direção da nova proprietária do imóvel.
Policiais Militares que apoiavam a ação interviram, sendo que um deles foi baleado na mão. Em resposta à agressão, os PMs atiraram contra Buzati que foi atingido na região da coxa e não resistiu ao ferimento.
Em nota, a Polícia Civil de Dracena explica que Univaldo Buzati é Investigador de Polícia aposentado e que faleceu por motivos de hemorragia. Além das polícias militar e civil, a Polícia Técnico Científica também esteve no local.
A direção da Assojaf-15 entrou em contato com a associada Priscila Rios e presta todo o apoio necessário à Oficiala de Justiça. A Associação repudia qualquer tipo de violência praticada contra o oficialato e lamenta a ocorrência de crimes como o registrado em Dracena. “Não podemos admitir que Oficiais de Justiça tenham suas vidas colocadas em risco durante o cumprimento de um mandado. Vamos continuar atuantes e concedendo todo o apoio necessário à colega Priscila”, finaliza a presidente Lilian Barreto Rodrigues.
A Fenassojaf se solidariza com a Oficiala de Justiça e reafirma a atuação para garantir que o oficialato seja reconhecido como uma atividade de risco. "Este é o terceiro caso seguido de violência contra um Oficial de Justiça somente nas últimas semanas no estado de São Paulo. Da mesma maneira, outros Oficiais por todo o Brasil passam pela mesma situação. Vamos nos manter atuantes para que possamos ter o reconhecimento da atividade de risco com todos os direitos aos Oficiais de Justiça", enfatiza o presidente Neemias Ramos Freire.
Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo com a Assojaf-15