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SERVIDORES MARCHAM EM BRASÍLIA E FAZEM ATO EM FRENTE AO STF

SERVIDORES MARCHAM EM BRASÍLIA E FAZEM ATO EM FRENTE AO STF

Mais de mil servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União saíram em marcha, nesta quarta-feira (27), da Catedral de Brasília até o Supremo Tribunal Federal, onde ocuparam a Praça dos Três Poderes. No caminho, eles pararam totalmente o trânsito em frente o Palácio do Planalto por mais de meia hora, com a realização de manifestação para mostrar à presidente Dilma a insatisfação da categoria pela intransigência do Poder Executivo em não negociar.

Participaram do ato servidores de 17 sindicatos representantes do Distrito Federal e 15 estados. Na Praça dos Três Poderes, os manifestantes ocuparam a rampa do STF e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, que chegou a utilizar spray de pimenta para dispersar o grupo. A segurança do Supremo também fez questão de mostrar truculência e chegou a intimidar servidores. Pouco depois a situação se acalmou e logo uma comissão formada por dirigentes da Fenajufe e do Sindjus/DF foram recebidos pelo diretor geral do STF, Amarildo Vieira. Participaram Cledo Vieira, João Evangelista, Mara Weber, Pedro Aparecido e Jailton Assis.

Na reunião, Amarildo informou que, ainda esta semana, encaminhará à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, um novo texto para o PL 6613/09, assinado pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, com o mesmo teor do substitutivo anterior, inclusive o impacto orçamentário. Esta iniciativa tem o objetivo de sanar um problema de vício formal, uma vez que o ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, havia delegado a assinatura do documento ao então diretor geral. Lewandowski também enviará nova mensagem ao Executivo dando ciência sobre o envio do novo texto à Câmara. Além disso, o presidente do STF enviará um Projeto de Lei de reajuste para os magistrados.

Ao ser cobrado pelos sindicalistas, Amarildo informou que até o momento o STF não tem reunião marcada com o governo para discutir as reivindicações do Judiciário para o orçamento de 2015. Ele manifestou a possibilidade de que seja realizado um contato ainda esta semana, mas disse que na impossibilidade de acontecer uma reunião entre Lewandowski e Dilma, o novo texto do PL 6613/09 será encaminhado à Câmara com impacto integral em 2015.

Como ainda não há nada de concreto com relação à garantia de reposição salarial, a pressão sobre Lewandowski e Dilma aumentará até que haja uma negociação com resultados práticos. Atualmente a greve por tempo indeterminado acontece na base de dez sindicatos. São eles Sindjus/DF, Sindiquinze/SP, Sintrajufe/RS, Sintrajusc/SC, Sindijufe/MT, Sindjufe/BA, Sintrajud/SP, Sisejufe/RJ, Sintrajurn/RN, Sintrajufe/PI. Outros sindicatos se mobilizam com a realização de diversas paralisações, com possibilidades de adesão à greve em breve.

A Fenassojaf apoia a greve por tempo indeterminado e conclama todos os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais à participação nas atividades dos sindicatos, uma vez que sem a negociação, a categoria continuará perdendo para a inflação.

Segundo levantamento realizado pela Federação, existem Oficiais de Justiça paralisados no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro.
A Fenassojaf não tem informações sobre os Oficiais do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Piauí.

com informações da Fenajufe