Pesquisa inédita realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no final de 2021 com quase 15 mil pessoas sobre assédio no Poder Judiciário mostrou que mais de 55% já passou por alguma situação de assédio e quase 60%, até hoje, não se sente seguro para realizar denúncias de assédio no ambiente de trabalho por temerem represálias.
O resultado do levantamento será detalhado nesta quarta-feira (16), durante o Seminário de Combate ao Assédio e à discriminação no Poder Judiciário, evento on-line com transmissão no canal do CNJ no YouTube.
“Todas as pessoas importam. O Judiciário tem em seus quadros milhares de pessoas e todas exercem funções fundamentais. Esse trabalho de combate ao assédio e à discriminação é o início de uma mudança de cultura das relações interna corporis na Justiça”, afirma a conselheira Tânia Reckziegel, ouvidora do CNJ. Ela fará a abertura do encontro junto com o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) Leandro Chrispim.
A pesquisa foi realizada a pedido do Comitê de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no final de 2021. As respostas vão ajudar a direcionar as próximas ações do Comitê, que tem como objetivo promover o trabalho digno, saudável, seguro e sustentável no âmbito do Poder Judiciário.
No final de 2020, foi instituída a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Discriminação no Poder Judiciário. Entre as medidas impostas, a Resolução determina que cada tribunal crie uma comissão de prevenção e enfrentamento a essa violência, com participação da magistratura, servidores, servidoras e equipes terceirizadas.
O evento será realizado das 9h às 12h30 e é destinado a profissionais do Judiciário e do Sistema de Justiça e pessoas interessadas no tema. Nele, especialistas farão análise da evolução dos conceitos e das práticas de enfrentamento e assinarão uma “Carta Contra o Assédio”.
Fonte: CNJ, editado por Caroline P. Colombo
Foto Ilustração: CNJ