Um dia após o caso da Oficiala de Justiça que foi mantida em cárcere privado e ameaçada de morte em Caxias do Sul (leia aqui), o Rio Grande do Sul registrou um novo caso de violência durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
Dessa vez, a Oficiala de Passo Fundo executava a diligência para a busca e apreensão de um veículo quando foi desacatada e teve o celular arrancado das mãos pelo proprietário do automóvel.
Segundo informações divulgadas pela Abojeris, o irmão do agressor estava no local e tentou entrar no carro, iniciando luta corporal com o representante do banco que acompanhava a Oficiala de Justiça. Após ingressar no automóvel e avançar com ele sobre a calçada em que estavam os presentes, o homem fugiu com o veículo.
A Fenassojaf repudia mais este caso ocorrido no Rio Grande do Sul e chama a atenção para o fato de que, infelizmente, as mulheres estão mais vulneráveis a esse tipo de violência no Brasil. Segundo dados divulgados em julho de 2024 no 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os casos de feminicídio cresceram em 2023 se comparados com o ano anterior. Foram 1.467 mulheres mortas por razão de gênero, o maior registro desde a publicação da lei que tipifica o crime. As tentativas de crime contra mulheres cresceram 7,1%.
A Associação Nacional segue empenhada, em conjunto com as demais entidades representativas de todo o Brasil, pelo reconhecimento do risco da atividade e mais condições de segurança para Oficialas e Oficiais de Justiça do país. “Não admitimos nenhum tipo de crime praticado contra Oficiais, Oficialas e todos os servidores do Judiciário, nem aos trabalhadores em geral, e seguimos lutando por medidas que garantam o reconhecimento do risco e segurança no cumprimento dos mandados”, finaliza a presidenta Mariana Liria.
Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo