Um Oficial de Justiça do Cazaquistão foi assassinado durante o cumprimento de uma diligência de reintegração de posse realizada na cidade de Almati, sudeste daquele país.
Através da diretoria de relações internacionais, chegou ao conhecimento da Fenassojaf a informação sobre o assassinato de Murat Abenov, 43 anos, ocorrido por volta das 17 horas do dia 20 de setembro.
De acordo com a Delegacia de Polícia da cidade, o fato se deu durante uma diligência de reintegração de posse de um imóvel particular urbano. O Oficial de Justiça estava acompanhado de força policial quando o acusado, Duzhnov Igor Ivanovich, de 54 anos, sacou um rifle e iniciou os disparos contra Murat e os policiais.
Cinco pessoas morreram, sendo dois policiais, dois civis e o Oficial de Justiça Murat Abenov (foto).
Quatro dias após o ocorrido, diante da repercussão dos fatos no país, a Associação Nacional brasileira foi procurada pela Câmara dos Oficiais de Justiça do Cazaquistão a fim de trocar informações sobre a segurança dos Oficiais de Justiça no cumprimento de diligências.
Para o diretor de Relações Internacionais Malone Cunha, o contato da entidade cazaquistanês mostra que a atuação da Fenassojaf pela segurança do Oficial de Justiça tem reconhecimento internacional. “Não tenho dúvida que o Brasil se tornou uma referência internacional sobre o tema, seja pelo nosso triste histórico de violência contra os Oficiais, mas também pelo empenho das entidades em abordar a questão com a seriedade devida”.
A vice-presidenta da Associação Nacional, Mariana Liria, destaca a violência praticada contra os Oficiais de Justiça em todo o mundo, o que coloca o oficialato como profissão de risco. “O brutal assassinato do colega Murat nos choca profundamente e, infelizmente, reforça nossa tese de que absolutamente toda diligência apresenta risco em potencial, em função, principalmente, da imprevisibilidade da reação do nosso destinatário. Ele estava acompanhado de força policial e mesmo assim esses agentes públicos foram a óbito. Precisamos ter a segurança como bandeira de luta prioritária de nossas entidades e cobrar acima de tudo o reconhecimento do risco da atividade, mas também capacitação e melhores condições de trabalho nessa área”, completa.
A Fenassojaf lamenta a tragédia ocorrida no Cazaquistão e se solidariza com a dor dos colegas e familiares do Oficial de Justiça Murat Abenov. “Nos entristecemos com esse lamentável registro e enviamos condolências a todos os nossos colegas do Cazaquistão”, finaliza Mariana.
Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo