A Oficiala de Justiça Carina Ribeiro sofreu graves agressões durante o cumprimento de mandado, na última quinta-feira (28), no Distrito de Icoaraci, em Belém (PA).
Segundo informações do Sindojus/PA, a servidora foi agredida por duas menores após a parte requerida se recusar a receber a ordem judicial. Ainda de acordo com o sindicato, parte do ataque teria sido presenciado pelo pai das agressoras, que atualmente responde por abandono de intelectual. “Há fortes indícios de que as menores tenham sido induzidas a cometer a infração, agravando ainda mais a situação”, afirma a entidade do Pará.
O caso está sob investigação da delegacia especializada. A Fenassojaf e a Assojaf PA/AP se solidarizam com a Oficiala Carina, repudiam mais este caso de violência contra um servidor no exercício da sua função e já se colocaram à disposição do Sindojus/PA. Para o presidente da Assojaf, Norberto Lavareda Santos, “este incidente não é apenas preocupante, mas também um alerta sobre a necessidade urgente de garantirmos a segurança de todos os Oficiais de Justiça em suas atividades. Em conjunto com a Fenassojaf, tomamos a iniciativa de lançar uma campanha dedicada ao aprimoramento da segurança dos Oficiais de Justiça. É crucial que trabalhemos coletivamente para que situações como esta não se repitam e que possamos exercer nossas funções sem o temor de agressões. Vamos nos unir e lutar por nossa segurança!”, enfatiza.
Assim como ocorrido em 2014 com Francisco Ladislau, Oficiais de Justiça haviam relatado o comportamento agressivo das jovens, tendo sido necessário apoio policial para o cumprimento do mandado de citação. “E assim como ocorrido em 2014 com nosso caso épico do colega Francisco que foi brutalmente assassinado, não havia qualquer menção ou observação sobre o risco do cumprimento desse mandado para a Oficiala Carina. Francisco foi morto e Carina brutalmente agredida, sendo que um mandado devidamente instruído poderia ter evitado as duas ocorrências”, completa a presidenta da Fenassojaf Mariana Liria.
A Fenassojaf reforça o seu compromisso, em conjunto com a Afojebra e Fesojus-BR, de trabalho por medidas efetivas que assegurem a integridade física e psicológica de Oficialas e Oficiais de Justiça em todo o Brasil. “É essencial que os tribunais mantenham um protocolo de segurança para os oficiais de justiça, contemplando desde medidas de prevenção até o acolhimento das vítimas de violência”, finaliza a presidenta da Associação Nacional.
Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo
Foto retirada do site do Sindojus/PA