O Oficial de Justiça de Minas Gerais, Hélio Diogo, foi personagem de uma matéria produzida pelo “Boletim Acontece”, link de notícias da INTRANET dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.
Na matéria, o Oficial conta sobre a rotina e os desafios e obstáculos enfrentados na profissão.
Confira a matéria completa abaixo:
Os vários caminhos do Oficial de Justiça
Durante o dia, a tarde e a noite. Também aos fins de semana, eles estão lá. Pelas ruas dos grandes centros urbanos, vielas e becos de periferias, nas cidades do interior e pela estradas rurais. O destino, mapeado em roteiros. Assim, eles chegam onde precisam chegar. A missão é cumprir com excelência o árduo trabalho do oficial de justiça.
No TRT-MG eles são mais de duzentos, responsáveis por fazer pessoalmente as citações, notificações, penhora, avaliações entre outras diligências ordenadas pelo juiz. A equipe do Boletim Acontece acompanhou a rotina do oficial de justiça Hélio Ferreira Diogo, servidor do Tribunal há 23 anos, para mostrar os desafios daqueles que estão à disposição para fazer cumprir a justiça.
O trabalho começa em uma sala com mesas e computadores, outros colegas dividem o mesmo ambiente. Mas, esse é só o primeiro momento. Uma breve percepção de localização no mapa facilita o planejamento de um dia que está só começando. Alguns destinos já são conhecidos, outros não.
Durante três anos, Hélio trabalhou no interior e vivenciou inúmeras situações. Para ele, o trabalho exercido nas grandes cidades é totalmente diferente do trabalho no interior. “A realidade do oficial no interior exige uma preparação diferente, enfrentamos estradas sem sinalização, algumas vezes a procura de endereços de fazendas distantes das cidades e por lugares de pouco movimento. Dirigimos por horas, sem ao menos ter alguém para dar uma informação”, analisa.
Já na capital, ele ressalta outras questões. “Os desafios estão em todos os lugares, na capital não seria diferente. Recordo de situações em que fui ameaçado e tive que reverter a situação. Desde cachorros bravos até mesmo armas, em que o reclamado ao me atender, quis usar como forma de intimidação”, lembra com detalhes.
Apesar disso, para o oficial de justiça, cada diligência tem uma história diferente trazendo uma experiência única.”Não é simplesmente chegar, entregar um papel e ir embora. Temos que ter o cuidado de explicar do que se trata, procurando sempre fazer um trabalho humanizado. Afinal tudo tem um contexto”, afirma.
Para desempenhar um bom trabalho, Hélio (à direita na foto, cumprindo uma diligência em um galpão de materiais recicláveis) acredita que o oficial de justiça tem que gostar do que faz. “Muitos servidores aposentaram e, desde então, juntamos esforços para realizar o melhor trabalho possível. Afinal, todos nós exercemos papéis importantes. Sempre gostei do que faço e me sinto honrado em ter prestado serviço por todos esses anos ao Tribunal”, finaliza.
Fonte: Sitraemg