Notícias

OFICIAL DE JUSTIÇA É AGREDIDO DURANTE APREENSÃO DE VEÍCULOS NO INTERIOR DE SP

OFICIAL DE JUSTIÇA É AGREDIDO DURANTE APREENSÃO DE VEÍCULOS NO INTERIOR DE SP

Um Oficial de Justiça foi agredido fisicamente enquanto tentava cumprir um mandado de apreensão de dois caminhões, no último sábado (29), em uma fazenda localizada em Itatinga, interior do estado de São Paulo. O Oficial de Justiça Manuel Francisco Alves Neto, de 50 anos, acionou a Polícia Militar e foi ao endereço determinado no mandado judicial, mas a ação, que deveria ser de rotina, virou um exemplo dos perigos enfrentados no exercício da função.

Após 13 tentativas frustradas de cumprir a ordem judicial, já que o proprietário vinha escondendo os veículos, o Oficial de Justiça, de plantão, se dirigiu à fazenda após denúncia da parte credora. Ao chegar no local, foi mal-recebido pela parte, que se recusava a assinar qualquer documento e que, inicialmente, concordava em liberar apenas um dos caminhões.

Segundo o Oficial de Justiça, o proprietário, aparentando mais de 75 anos, rapidamente elevou os ânimos, agredindo fisicamente o servidor. Ele agarrou o Oficial pelo pescoço, empurrando-o com força. Quando Manuel tentou explicar calmamente a sua posição, recebeu um tapa violento no rosto que quebrou seus óculos. “Estou há 26 anos nesta função, já enfrentei muita pressão, mas nunca havia passado por uma agressão física assim. Um senhor de uns 75 anos, com idade para ser meu pai, eu não esperava por isso”, desabafou o Oficial de Justiça.

A presença dos policiais não intimidou o réu, que também os ameaçou. Diante do grau de desacato, o Oficial de Justiça deu voz de prisão, mas apesar da gravidade do incidente, os policiais se omitiram e não prenderam o agressor. “Os policiais presentes não cumpriram a ordem de algemar o réu, então fiquei numa situação complicada. Disseram que eu teria que ir à delegacia prestar queixa. E foi o que fiz. O delegado ficou surpreso com a omissão e disse que vai apurar o caso”, destacou o servidor.

A Fenassojaf se solidariza com o Oficial de Justiça de São Paulo e segue, unida com as demais entidades nacionais, na luta pelo reconhecimento do risco da atividade.

Fonte/foto: Aojesp