A segunda-feira (15) foi marcada por uma grave ocorrência em Jundiaí (SP), quando Oficiais de Justiça do TRT-15 foram vítimas de ameaças, intimidação e violência durante o cumprimento de mandado de constatação expedido pela 4ª Vara do Trabalho da cidade. A diligência acompanhava o processo eleitoral do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Jundiaí (SINDSERJUN), que acabou suspenso após episódios de agressões físicas, tumulto generalizado e disparo de arma de fogo.
De acordo com os relatos, após a identificação de irregularidades envolvendo uma urna itinerante, os Oficiais de Justiça foram impedidos de cumprir a determinação de transportar o material ao Fórum Trabalhista.
Seguranças contratados pelo SINDSERJUN e manifestantes exaltados fecharam os portões, bloqueando a saída do local. Cercados por um ambiente hostil, os servidores tiveram de se esconder em uma sala da subsede do sindicato, em meio a momentos de tensão e risco iminente, até que a Polícia Judicial do TRT-15, a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Jundiaí chegassem para garantir a segurança e realizar a escolta.
A violência inviabilizou a continuidade do pleito, levando a coordenação da eleição a decidir pela suspensão do processo.
Risco e insegurança: realidade da função
O episódio ocorrido em Jundiaí reforça o alerta histórico sobre os riscos inerentes à atividade dos Oficiais de Justiça. Situações de ameaça, agressões e hostilidade fazem parte da rotina de trabalho desses servidores, que atuam na linha de frente da efetivação das decisões judiciais.
A Fenassojaf manifesta irrestrita solidariedade aos colegas de Jundiaí, ao mesmo tempo em que repudia os atos de violência que colocaram em risco a integridade física e psicológica dos Oficiais de Justiça. Para a entidade, o caso reafirma a urgência do reconhecimento da atividade como de risco, uma vez que a realidade enfrentada diariamente pelos servidores não pode continuar sendo negligenciada.
A Associação Nacional, em articulação com as demais entidades representativas dos Oficiais federais e estaduais, segue mobilizada pela derrubada do veto à Lei nº 15.134/2025 e pela valorização da carreira.
Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo com informações e foto da Assojaf-15