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FUTURO PROFISSIONAL DO OFICIAL DE JUSTIÇA É TEMA DE CONVERSA COM O PRESIDENTE DA FENASSOJAF

FUTURO PROFISSIONAL DO OFICIAL DE JUSTIÇA É TEMA DE CONVERSA COM O PRESIDENTE DA FENASSOJAF

O presidente da Fenassojaf Neemias Ramos Freire foi o convidado para uma conversa sobre O Futuro da profissão do Oficial de Justiça realizada através do canal Papo de Oficial.

Apresentada pela Oficial de Justiça Vanessa de Marchi, a live foi ao ar na última sexta-feira (16). Durante a transmissão, Neemias falou sobre as transformações ocorridas ao longo dos anos em todas as carreiras profissionais, principalmente com os recursos tecnológicos disponíveis.

O presidente da Federação destacou que o debate sobre o futuro do Oficial de Justiça também vem sendo feito pelas entidades internacionais “e nós não temos como afirmar qual será o futuro da profissão. Nós podemos imaginar que será um profissional altamente qualificado, um Agente de Inteligência como alguns já querem chamar, que irá participar mais ativamente da fase da execução judicial, o que deverá impactar, infelizmente, na redução do quadro de servidores que nós temos hoje. Esse é o lado ruim da tecnologia”, afirmou.

Para Neemias Ramos Freire, os Oficiais de Justiça devem utilizar a tecnologia como aliada para o cumprimento dos mandados “porque, queiramos ou não, ela está aí e vai sempre existir, cada vez mais aprimorada”.

A atuação da Fenassojaf no combate à Reforma Administrativa também foi mencionada durante a entrevista. Neemias abordou o empenho da Federação Nacional em, junto com outras entidades representativas do serviço público, implementar uma campanha nacional de mídia contra os efeitos da PEC 32/2020. “Internamente, a Fenassojaf também fará uma campanha voltada aos Oficiais de Justiça mostrando que, se essa Reforma for aprovada como está, ela prejudica não só os futuros servidores como também os atuais, e torna a situação dos Oficiais frágil no sentido de possibilitar demissões porque ela flexibiliza pontos que são relevantes na história dos servidores públicos no Brasil que são o concurso público, a estabilidade e o Regime Jurídico Único”.

Ao final, o presidente tratou sobre a possibilidade de esvaziamento da profissão com o caso ocorrido no Tribunal de Justiça de Rondônia e chamou a atenção para o projeto de lei que tramita no Congresso e propõe a desjudicialização da execução. “A execução no Brasil é tarefa pública, é tarefa do Poder Judiciário. Não existe, em nenhum país, em que ela seja delegada a cartórios. Nós combatemos o projeto de lei da senadora porque entendemos que esse modelo está equivocado”.

O vídeo completo com a participação do presidente da Fenassojaf no canal Papo de Oficial está disponível via Youtube e pode ser assistido AQUI.

Da Fenassojaf, Caroline P. Colombo